Mutirão deve abreviar espera de 400 pacientes diagnosticados com câncer
Mais de 400 pessoas de 20 cidades da região de Campinas têm diagnóstico para câncer e aguardam por atendimento na fila da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde do sistema Cross. A espera pode diminuir, ou mesmo acabar, a partir deste mês, quando será realizado um mutirão com oncologistas do Hospital de Clínicas da Unicamp.
O esforço para abreviar o tempo de espera por tratamento foi anunciado nesta semana, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas). A superintendente do Hospital de Clínicas, Elaine Ataíde, anunciou o mutirão de oncologistas do HC para agilizar o atendimento de pacientes já diagnosticados com câncer que aguardam encaminhamento pela Cross, da Secretaria Estadual de Saúde.
O mutirão está previsto para dezembro, com data a ser definida. Poderá ser feito em um ou dois dias. “A medida anunciada pela Unicamp, de fazer o mutirão com oncologistas, é fundamental e muito importante para agilizar o atendimento dos pacientes. Vai ajudar muito as cidades”, disse o prefeito de Campinas, Dário Saadi, anfitrião do encontro.
“O objetivo é agilizar o atendimento desses pacientes, que já estavam diagnosticados com neoplasia e precisam se consultar com oncologistas, para que iniciem o tratamento adequado ou façam cirurgia. Com a pandemia, esses diagnósticos apareceram mais e com patologias mais avançadas. Importante lembrar que esta é uma lista viva, que muda todo dia, porque entram novos pacientes com diagnóstico de neoplasia e outros saem porque foram encaminhados”, explica Elaine.
Inca
O Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer por ano de 2023 a 2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. A estimativa foi divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). A publicação “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil” mostra que o tumor maligno mais incidente é o de pele não melanoma, com 31,3% do total de casos, seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
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