Doador de medula óssea
Você está sendo convidado a se cadastrar como doador voluntário de Medula Óssea no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea – REDOME, órgão do Ministério da Saúde responsável pelo cadastramento dos doadores.
A sua doação
é voluntária, não haverá nenhuma forma de pagamento para o seu
cadastramento no REDOME.
O objetivo do
REDOME é captar doadores voluntários de medula óssea, onde são encontradas as
células tronco hematopoiéticas (responsáveis pela origem de todas as células do
sangue e do sistema de defesa da pessoa) – CTH, para auxiliar pacientes, brasileiros
e/ou estrangeiros, que necessitem de transplante de medula, para o
tratamento da sua doença.
Se você concordar em se cadastrar no REDOME, além de algumas informações pessoais, que serão utilizadas para o preenchimento da ficha de inscrição, serão coletados dez (10) ml de seu sangue (correspondente a uma colher de sobremesa) para a realização de um exame, chamado Exame de Histocompatibilidade (HLA), aonde serão identificadas as características de suas células. Caso seja preciso, você será chamado para nova coleta de sangue, igual à primeira, para melhor caracterizar o resultado de seu exame.
A medula óssea é
encontrada no interior dos ossos, produz os componentes do sangue que circula
nos vasos sanguíneos: As hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos
brancos) e as plaquetas (células da coagulação do sangue). Pelas hemácias, o
oxigênio é transportado dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e
o gás carbônico é levado destas para os pulmões, a fim de ser expirado. Os
leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso
organismo, inclusive nos defende das infecções. Como já definido acima, as
plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.
O transplante de
medula óssea consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou
deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de
reconstituição de uma nova medula.
Porém, essa
substituição também pode ser feita a partir de células precursoras de medula
óssea obtida do sangue circulante de um doador ou do sangue do cordão
umbilical;
O transplante é
chamado autólogo, quando a medula óssea ou as células precursoras provêm do
próprio indivíduo transplantado (receptor). Ele é dito alogênico, quando a
medula ou as células provêm de um indivíduo diferente (doador).
Diz-se que o doador
é aparentado quando ele e o receptor são irmãos ou outros parentes próximos
(geralmente pais). Quando eles não guardam parentesco ente si, o doador é
classificado como não aparentado.
Os doentes com
produção anormal de células sanguíneas, geralmente causada por algum tipo de
câncer, como, leucemia, linfoma e mieloma, são os que são tratados com
transplante de medula óssea, ou de células precursoras. Também, os doentes que têm
uma doença chamada aplasia de medula ou pacientes cuja medula tenha sido
destruída por irradiação.
O receptor e o
doador devem ter características celulares iguais ou muito semelhantes, para
que o transplante tenha sucesso. Essa compatibilidade é avaliada por meio de
exames de sangue, chamados exames de Histocompatibilidade
Estima-se que a
chance de se encontrar um doador compatível seja de 1 em 100 de doadores
aparentados e 1 em 100 mil não aparentados.
Quando não há um
doador aparentado compatível, procura-se por um compatível num “Banco de Medula
Óssea”.
O Banco necessita
de um número elevado de voluntários para aumentar a possibilidade de encontrar
um doador compatível.
Antes da doação de
medula óssea ou de células precursoras, o doador compatível passa por exames
médico e de laboratório para certificar seu bom estado de saúde. Exame de
Compatibilidade é repetido, para confirmar a compatibilidade. Não há qualquer
exigência quanto a mudanças de hábitos de vida, de trabalho ou de alimentação.
No caso de doação
de medula óssea por punção direta, será retirada do doador a quantidade
necessária (menos de 10%), sob anestesia geral e em Centro Cirúrgico. Os
doadores passam por uma pequena cirurgia de aproximadamente 90 minutos. São
feitas de 4 a 8 punções na região pélvica posterior para aspirar a medula.
Dentro de poucas semanas a medula estará inteiramente recomposta.
No caso de doação
de precursores hematopoéticos, o doador voluntário, após cinco dias de
administração de um medicamento, por via subcutânea (para a mobilização de
células precursoras até o sangue periférico), submeter-se à, ambulatorialmente,
a um procedimento chamado aférese, em uma ou duas vezes, para a obtenção de
células-tronco circulantes (no sangue periférico). Neste caso, não há
necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos
pela veia.
Os riscos para o
doador são praticamente inexistentes. Até hoje, não há relato de nenhum
acidente grave devido a este procedimento. Os doadores de medula óssea costumam
relatar um pouco de dor no local da punção.
Na doação de medula
óssea, o doador é liberado no dia seguinte; na de célula precursora, no mesmo
dia.
Depois de um tratamento (quimioterápico ou
radioterápico) que destrói a Medula Óssea do próprio paciente, ele recebe a
transfusão da Medula Óssea ou as Células Precursoras do doador, como se recebe
uma transfusão sanguínea. Em semanas, o material transplantado já produzirá
Células novas e recompondo a Medula Óssea do Receptor.
Rua Carlos Chagas, 480, Cidade Universitária, “Zeferino Vaz”, Barão Geraldo – Campinas – SP
0800-722-8432
(19) 3521-8705
Seg a Sáb (Inclusive Feriados): 7:30h – 15:00h
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